Raízen anuncia investimento em plantas de E2G e coloca biodiesel no radar
A companhia ajustou sua projeção de capex para R$ 7,1 bilhões a R$ 7,55 bilhões
A Raízen deve anunciar investimento em plantas de E2G, ou etanol celulósico, até o fim desta desta safra, segundo Ricardo Mussa, CEO da companhia. “Ainda neste ano devemos anunciar mais investimentos em E2G”, disse ele em teleconferência de resultados com analistas.
De acordo com o executivo, o aumento da previsão de capex para este ano já prevê inclusive a antecipação de algum investimento em E2G ou biogás. A companhia ajustou sua projeção de capex para R$ 7,1 bilhões a R$ 7,55 bilhões.
Segundo Mussa, o E2G é uma “prioridade” para a Raízen e que o gargalo hoje é em construir plantas, e não em conseguir mercado. A companhia vem adotando a estratégia de garantir as vendas dos produtos de renováveis antes de iniciar a construção da indústria produtora.
O CEO afirmou que os preços de venda do E2G estão surpreendendo e já superam as projeções apresentadas ao mercado na época do IPO. “Fomos tímidos no ipo, os números estão muito melhores”. Segundo ele, os valores estão 15% a 20% mais altos do esperado e com uma demanda “bem forte”.
Biodiesel é “oportunidade”
A Raízen “adorou” a mudança na forma de comercialização de biodiesel no país, com o fim dos leilões regulados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A migração para um modelo de comércio livre entre produtores e distribuidores é vista inclusive como uma “oportunidade” para a atuação no trading de biodiesel, afirmou o CEO.
“Com nossa infraestrutura, volume e expertise em agricultura, com os relacionamentos que temos, é uma mudança fenomenal”, comemorou o executivo, que vê oportunidade para a Raízen revender biodiesel no mercado interno. “Adoramos a mudança porque temos mais oportunidade de contratos bilaterais, de engajamento direto”, acrescentou.
Fonte: BrasilAgro – Imagem: Raízen