Cães de detecção vão reforçar a fiscalização agropecuária em portos, aeroportos e fronteiras
Os animais ajudam a identificar produtos que não podem entrar no país. Eles atuam nas fiscalizações de passageiros, bagagens encomendas e cargas de material importado
Gael e Hunter são os mais novos integrantes da equipe do Centro Nacional de Cães de Detecção (CeNCD) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os novos cães, da raça pastor belga malinois, se juntarão a Léo, Frida, Meg e Vamp para reforçar a fiscalização agropecuária brasileira em portos, aeroportos e postos de fronteira.
Utilizados pela Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), os animais são uma ferramenta ágil e versátil nas buscas de produtos de interesse agropecuário de ingresso proibido no Brasil ou controlados. Eles atuam nas fiscalizações de passageiros, bagagens despachadas, bagagens acompanhadas, encomendas em correios e cargas de material importado.
“A eficiência do cão é altíssima, ele é uma ferramenta complementar de identificação de produtos na fiscalização”, relata o auditor fiscal federal agropecuário, Romero Teixeira. Segundo o servidor, o cão gasta em média 3 segundos para fiscalizar um passageiro e bagagem, e 20 segundos um container de carga.
O treinamento ou trabalho começa com a vestimenta do colete para que o animal já compreenda que ele está em serviço. Se for treinamento, os cães são deslocados para uma área com circulação de público para que tenha “distratores” – como pessoas, barulho, carros – para que pratiquem a procura por odores dos produtos de formas variadas. Já se for trabalho, se deslocam ao aeroporto para realização da fiscalização do voo.
Obrigatoriedade do uso de cães farejadores
O uso de cães farejadores pelo Ministério da Agricultura nas operações de fiscalização sanitária é tema do Projeto de Lei 6028/2019, que está em análise na Câmara dos Deputados. O texto já foi aprovado pelas Comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e de Finanças e Tributação.
O projeto prevê que os cães farejadores sejam de uso obrigatório nas ações de fiscalização do Mapa em fronteiras internacionais e ainda um regulamento que estabelecerá a quantidade de cães a ser empregada em cada porto, aeroporto e posto de fronteira, bem como os prazos para efetivação da medida.
Informações Ministério da Agricultura