Fertilizantes sobem e produtores são prejudicados

Em relação ao MAP, o aumento passou de 50% de janeiro a julho

Desde o começo do ano, o que mais se destaca no mercado de fertilizantes é a alta histórica dos preços, de acordo com informações da GlobalFert. Segundo as informações, o setor está afetado principalmente por fatores como atrasos na cadeia logística com congestionamento de portos estratégicos, atrasos de entrega, escassez de matérias-primas, questões políticas e altas demandas.

“O preço da Ureia, que no início do ano era de U$ 271/t CFR, apresentou incremento de 47%, fechando julho no valor de U$ 399/t, maior preço registrado desde agosto de 2013. Atribui-se também à essa alta o aumento do preço dos grãos no começo do ano, principalmente o milho, que capitalizou os produtores para comprar mais insumos agrícolas.

Com o Nitrato de Amônio não foi diferente, passando de U$ 204/t CFR em janeiro para U$ 268/t CFR em julho. O Sulfato de Amônio teve alta mais moderada em relação aos outros nitrogenados, com preço CFR Brasil de U$ 195/t CFR em julho. Contudo, foi a maior cotação desde 2016. As principais culturas que demandaram nitrogenados de janeiro a julho foram milho, cana-de-açúcar, algodão e trigo”, comenta a GlobalFert.

Em relação ao MAP, o aumento passou de 50% de janeiro a julho, alavancado por fatores como a falta de enxofre e preços elevados das matérias-primas como a amônia e rocha fosfática. “Além disso, o poder de mercado que a Mosaic obteve nos EUA quando o governo decidiu taxar as importações russas e marroquinas, promoveu um expressivo aumento de preços no país e no mercado internacional. O mercado de Cloreto de Potássio foi abalado por sanções comerciais, financeiras e de transporte aéreo aplicadas à Bielorrússia pela União Europeia, Reino Unido, Canadá e Estados Unidos, trazendo incertezas de preços”, conclui.