Moagem da cana faz açúcar “bombar”
Etanol não segue o mesmo ritmo
Depois de um abril chuvoso, o clima mais seco no mês seguinte permitiu o avanço da moagem a pleno vapor, compensando o início lento da safra, de acordo com informações divulgadas pelo Rabobank. “Em maio a moagem superou as 90 milhões de toneladas, um nível inédito para o mês”, indica.
“Outro destaque tem sido o mix, que atingiu 48,8% de açúcar na segunda quinzena de maio, graças às usinas do estado de São Paulo que atingiram um mix de 55,4% açúcar, enquanto
coletivamente os outros estados chegaram a 39,0%.Por final, a produção de etanol anidro em 2023/24 já chegou em 2,3 bilhões de litros. Isso representa mais um número nunca atingido até o final de maio, mesmo em safras alcooleiras. Tal fato reflete tanto o atual prêmio amplo de anidro acima de hidratado quanto a contribuição do etanol de milho, cada vez mais relevante, na produção total de etanol brasileiro”, completa.
Nesse cenário, produtividade dos canaviais colhidos até agora tem surpreendido positivamente. “Realmente 2023 é ano do açúcar. Vale a pena destacar que o preço de açúcar bruto em Nova Iorque ficou em média 10 USc/lb maior que o preço do etanol hidratado expressado em termos de equivalência de açúcar (base primeira quinzena de
junho)”, indica.
“Enquanto o preço de açúcar continua considerando um prêmio de risco devido às preocupações sobre El Niño, o etanol fica pressionado pela queda dos preços internacionais
de combustíveis, valorização do câmbio, e incertezas a respeito da precificação da gasolina no mercado local. No dia 1 de julho, os impostos federais na gasolina e etanol voltarão aos seus valores prevalentes, antes de junho/2022. Isso não deveria trazer grandes mudanças para o preço de etanol”, conclui.