Ministro do Meio Ambiente ressalta a importância do etanol como alternativa a eletrificação
Segundo o ministro, a plataforma de estruturação do mercado nacional de carbono deverá ser anunciada no mês de maio
Durante a abertura do evento “Santander DATAGRO Abertura de Safra de Cana, Açúcar e Etanol 2022/23” realizado nesta quarta-feira, dia 09, em Ribeirão Preto -SP, o ministro do Meio Ambiente Joaquim Leite, representando o Governo Federal, enfatizou a importância do setor sucroenergético, na busca por uma economia descarbonizada.
“Durante a Conferência do Clima tivemos o cuidado de não ir na rota única do elétrico em detrimento a outras rotas, como a do biocombustível. A rota única elétrica pode ser a realidade de alguns países, mas não é a realidade para o Brasil”, enfatizou o ministro. Leite destacou que o Brasil tem toda a infraestrutura de bicombustíveis, como o etanol, o biodiesel, os avanços com biometano/biogás, etc, com entregas já consolidadas de oferta, preço e, claro, ambientais.
Destacando o etanol, ele afirmou que o biocombustível assegura a qualidade de vida nas grandes cidades, lembrando dos veículos movidos a base do biometano, que também é uma energia renovável.
Segundo o ministro, a solução para a mudança na matriz energética, não é proibir e sim empreender, inovar e acelerar na formação do emprego verde. Leite informou que em conjunto com a pasta da Economia, o governo vem construindo junto ao Congresso um projeto de lei para reconhecimento do ativo ambiental. Ele disse ainda que a plataforma de estruturação do mercado nacional de carbono deverá ser anunciada no mês de maio.
Leite frisou ainda que o Brasil é um lugar seguro para se investir, principalmente em projetos verdes, pois o país é o que mais apresenta diversidade de rotas para descarbonização e já existem recursos disponíveis nesta temática, originários do Fundo do Clima e do banco dos Brics.
“Nós seremos fornecedores de comida e energia para o mundo. Nesse momento mais ainda porque o Brasil tem características naturais econômicas. Nós temos potencial de tudo em uma escala gigantesca. Não é uma escala de 1 e 2 hectares, estamos falando de milhões de hectares. Esse setor (sucroenergético) que está atuando em 10 milhões de hectares pode dobrar o tamanho e aumentar muito a nossa capacidade de fornecimento”, enfatizou o ministro.