Açúcar: contratos futuros fecham em alta impulsionados pela alta do Petróleo

Os contratos futuros do açúcar fecharam em alta nesta quinta-feira (14), impulsionados, em parte, pela forte alta nas cotações do petróleo, que fechou no maior nível do ano, com perspectivas de oferta mais restrita. O barril do petróleo foi comercializado ontem a US$ 93,70, valorização de 1,98%.

Segundo analistas de mercado, com o petróleo em alta muitos países acabam direcionando uma maior parcela da produção de cana para a produção do etanol, diminuindo a oferta do adoçante.

Outro fator que tem impactado o mercado global de açúcar são as “preocupações de que um clima mais seco do que o normal possa reduzir a produção na Tailândia e na Índia. Além disso, há temores de que Nova Délhi proíba as exportações de açúcar em 2023/24″, destacaram analistas ouvidos pela Reuters.

Com este cenário, a ICE Futures de Nova York viu o contrato outubro/23 do açúcar bruto fechar cotado ontem a 26,98 centavos de dólar por libra-peso, valorização de 44 pontos no comparativo com a véspera. Já a tela março/24 subiu 41 pontos, contratada a 27,22 cts/lb. Os demais lotes subiram entre 25 e 39 pontos.

Londres

Em Londres, na ICE Futures Europe, a quinta-feira viu o açúcar branco bater a máxima de 12 anos. O contrato com vencimento em outubro/23 subiu US$ 8,10, ou 1,1%, negociado em US$ 757,40 por tonelada, “no maior nível desde setembro de 2011, a US$ 769,10”.

Já a tela dezembro/23 também fechou valorizada, com a tonelada contratada a US$ 733,60, alta de 7,80 dólares no comparativo com a véspera. Os demais contratos subiram entre 6,30 e 7,90 dólares por tonelada.

Mercado doméstico

No mercado interno a quinta-feira foi de alta nas cotações do açúcar cristal medidas pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas ontem a R$ 149,27 contra R$ 148,84 de quarta-feira, valorização de 0,29% no comparativo.

Etanol hidratado

Após três dias seguidos em alta o etanol hidratado voltou a fechar no vermelho nesta quinta-feira. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.300,50 o m³, contra R$ 2.306,50 o m³ praticado na véspera, desvalorização de 0,26% no comparativo.