Lei que garante pagamento dos Créditos de Carbono aos fornecedores de cana será votada na próxima semana

O presidente da Canasol Luis Henrique Scabello de Oliveira retornou nesta madrugada de quarta-feira (13), de Brasília, após dois dias de intensos compromissos

Na tarde desta terça-feira (12), o presidente da Canasol, Luís Henrique Scabello de Oliveira, esteve no Ministério da Agricultura para tratar da cobrança de royalties sobre variedades de cana protegidas.

Em seguida, seguiu para Congresso Nacional onde, acompanhado de diversas lideranças canavieiras, visitou os deputados que compõem a Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal com o objetivo de obter apoio para a aprovação do relatório sobre o Projeto de Lei 3149/20, que trata do pagamento dos créditos de carbono (CBios) aos produtores de cana.

Ainda à noite, participou da cerimônia de entrega do prêmio CNA Brasil Agro.

“Foi muito oportuna a presença nesse evento, pois procuramos sensibilizar as lideranças do agronegócio sobre a importância da aprovação do PL 3149”, disse Luís Henrique

Na manhã desta quarta feira (13), esteve na Comissão de Minas e Energia, onde acompanhou a apreciação pelos deputados do parecer do relator Benes Leocádio (RN) favorável ao pagamento dos CBios aos produtores de cana.

Os deputados Arnaldo Jardim e Ricardo Salles tiveram presença marcante na reunião através da articulação com os seus pares, destacando a importância desse projeto e declarando ser favoráveis a sua aprovação.

Entretanto, um pedido de vista interrompeu a apreciação da matéria para que o assunto fosse melhor estudado por alguns deputados, bem como, para que houvesse a busca de consenso entre os representantes dos fornecedores de cana e das usinas.

Assim, à tarde, deputados e representantes dos dois lados estiveram reunidos. Após discussão, ficou claro que as usinas não são favoráveis à mudança da lei para garantir o pagamento dos CBios. Que isso deve ser negociado livremente entre as partes e informando que a grande maioria das usinas já paga esse crédito, o que foi prontamente rechaçado pelos representantes dos fornecedores.

Não havendo consenso, a matéria será novamente apreciada na próxima reunião da Comissão na próxima semana.

Segundo Luis Henrique, a atitude das usinas foi muito frustrante, pois, se não tinham nada a oferecer, por que então aceitaram participar de uma reunião de conciliação? Contudo, ele está bastante confiante no trabalho dos representantes dos fornecedores. Feplana, CNA, Orplana e Unida mostraram o enorme peso político da nossa categoria.