Raízen anuncia venda de 460 milhões de litros de etanol celulósico

Combustível será entregue ao longo de nove anos; no total, comercialização de E2G pela empresa chega a 1 bilhão de litros

Por meio de dois contratos, a Raízen Energia deve vender 460 milhões de litros de etanol de segunda geração (E2G), também chamado de celulósico. A informação faz parte de um comunicado ao mercado divulgado essa semana pela empresa.

Segundo texto assinado pelo diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Guilherme Cerqueira, a Raízen deve entregar o produto nos próximos nove anos. “Com estes novos acordos, o volume total de E2G já comercializado pela Raízen alcança aproximadamente 1 bilhão de litros, que serão produzidos em plantas a serem instaladas nos parques de bioenergia da companhia”, complementa.

Atualmente, a Raízen possui uma usina de etanol celulósico em Piracicaba (SP), com capacidade para produzir até 42 milhões de litros do biocombustível por safra. Além disso, a sucroenergética já anunciou planos para uma segunda unidade em Guariba (SP), que poderá chegar a até 82 milhões de litros por ano.

“A Raízen é o único player global com capacidade produção de etanol celulósico em escala comercial e a celebração desses acordos reflete a crescente demanda por fontes de energia mais limpas que contribuam para a descarbonização da matriz energética mundial”, afirma a empresa.

Aquisição no Paraguai
No mesmo comunicado, a Raízen também anunciou a compra de 50% da Barcos y Rodados (B&R) por US$ 130 milhões. A empresa é líder no mercado de distribuição de combustíveis no Paraguai, com 350 postos. “Como parte da operação, a Raízen sublicenciará o direito de uso da marca Shell para a B&R, cujos postos passarão a operar progressivamente sob esta bandeira”, relata a Raízen.

Ainda segundo o documento, a Raízen Energia poderá indicar a diretoria executiva e a maioria dos membros do conselho de administração da B&R, além de ter direito a um dividendo preferencial, dependendo da performance financeira do negócio.

“A conclusão da operação irá marcar a entrada da Raízen no mercado paraguaio de marketing e serviços, integrando a plataforma de operações na América do Sul da companhia”, segue o texto.

De acordo com a sucroenergética, US$ 40 milhões serão entregues na data de fechamento do contrato e os US$ 90 milhões restantes serão pagos em cinco parcelas anuais, sujeitas a ajustes. A conclusão da venda, ressalva a companhia, ainda está sujeita ao cumprimento de condições suspensivas usuais para este tipo de operação.

Fonte: Nova Cana – Imagem: LexLatin