Tênis são feitos de pneus, cortiça, palha de arroz e cana-de-açúcar
O novo modelo AG da marca de luxo Osklen foi desenvolvida para criar o menor impacto ambiental. Em cada par são reutilizados pneus, cortiça, palha de arroz, cana-de-açúcar, resíduos de algodão.
Uma marca de luxo hoje não é nada sem uma visão clara e princípios. A ação e a consciência social e ambiental devem estar no coração de toda marca moderna na qual a estética e a estética se encontram e se fundem”. O mantra é de Oskar Metsavaht, fundador e diretor Criativo da Osklen.
Criada em 1989, a marca brasileira lançou recentemente um novo modelo de ténis a que chamou Osklen AG, e que, num único par de calçado desportivo, consegue combinar vários materiais mais amigos do ambiente. A criação surgiu no Rio de Janeiro e é feita com ingredientes sustentáveis com origem no Brasil.
“Não é de hoje que uma relação mais consciente com o planeta nos inspira na pesquisa e criação de produtos que possam ser uma opção mais sustentável para os nossos clientes. Há mais de 20 anos que nos dedicamos, de forma pioneira, ao propósito da sustentabilidade, incorporando o nosso estilo e design a produtos éticos que inspirem cada vez mais pessoas a adotarem uma vida mais equilibrada e consciente”, explicou Metsavaht, fundador e diretor Criativo da Osklen, em comunicado
Além de criar um menor impacto ambiental, o objetivo da marca brasileira passa por promover a economia das florestas e ajudar sociedades mais carenciadas no Brasil. O novo modelo “Osklen AG estimula a utilização de novos materiais sustentáveis, com garantia de origem, transparência, rastreabilidade e geração de lucros para as comunidades ribeirinhas e indígenas”, afirmou ainda Oskar Metsavaht, garantindo: “Para o desenvolvimento desta linha reunimos as melhores práticas socioambientais para criar uma sapatilha o mais sustentável possível”.
Para produzir cada par de ténis Osklen AG são reutilizados pneus, cortiça, palha de arroz, cana-de-açúcar, resíduos de fio de algodão e lona. A nova criação da marca contém um tecido conhecido por Eco Lona, feito a partir de algodão reciclado e fibras residuais misturadas ao algodão, e usa também couro bovino certificado com garantia de rastreabilidade.
O uso de algodão reciclado reduz a quantidade de água no processo de produção, ajuda a preservar os lençóis freáticos e evita a emissão de CO2. E a certificação do couro permite uma rastreabilidade total, garantindo que a pecuária não seja proveniente de áreas de desmatamento.
Na sola, a sapatilha tem uma combinação inovadora e exclusiva à base de materiais sustentáveis: 45% de látex natural da Amazónia (extraído de forma sustentável de seringueiras amazónica) e 10% a 20% de materiais reciclados como borracha reciclada, pó de pneu descartado, palha de arroz e cortiça. Já a palmilha é feita com material EVA verde, produzida com 70% de cana-de-açúcar plantada e cultivada no Brasil.
Diz a marca que a EVA verde captura 2,51 kg de CO2 por cada kg produzido, além de que 80% da energia usada no processo produtivo vem de fontes renováveis.
Em 2019, a Osklen comprou 44% do volume de látex produzido pela Rede de Cantinas – um projeto responsável pela produção e comercialização de ingredientes locais, atividade que ajuda a proteger mais de 8 milhões de hectares de terras indígenas e unidades de conservação ameaçadas pela desflorestação e pela extração ilegal de madeira.
“[A Osklen AG] simboliza a adoção de uma atitude a favor de uma vida mais sustentável, em que o consumidor pode assumir o protagonismo na mudança do perfil do consumo, tornando-o um ato em prol do desenvolvimento humano sustentável”, concluiu o fundador da marca.
Fonte – Capital verde